A musicoterapia é, segundo a Federação Mundial de Musicoterapia, a utilização profissional da música e dos seus elementos como intervenção em ambientes médicos, educativos e quotidianos, com o objetivo de otimizar a qualidade de vida das pessoas e potenciar a saúde física, psíquica, social, emocional e intelectual.
No caso das pessoas com Alzheimer, a musicoterapia tem o poder de evocar emoções e, com isso, reavivar memórias que se pensavam perdidas. Isto porque a memória musical é a última a desaparecer.
No meu curto tempo como musicoterapeuta, pude observar o impacto da musicoterapia nestas pessoas. Pessoas que não falavam nem reagiam a estímulos, responderem através de instrumentos musicais, cantarem uma canção do início ao fim, responderem a perguntas simples, recordarem-se dos seus tempos de criança, jovem e adultos. São pequenas coisas que nos mostram que estas pessoas continuam connosco e capazes de comunicar.
Em doentes mais agitados no dia a dia, a musicoterapia consegue uma diminuição da agitação e melhor qualidade de vida para estas pessoas. Também tem o poder de voltar a unir famílias, de lhes dar pequenos momentos de conversa entre uma pessoa com Alzheimer e o seu familiar e de lhes permitir conectar com emoções há muito desaparecidas.
Não importa o avançar da doença, a pessoa continua lá e a música tem o poder de a reencontrar e de conectar com ela.
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