Sínodo dos jovens - o que concluir?

 

    Há umas semanas, estive numas jornadas de pastoral onde debatemos, com a ajuda do Padre Rui Alberto (Salesiano) aquilo que podíamos retirar deste Sínodo sobre os Jovens. 


    A primeira coisa que eu queria realçar é que devemos fazer pastoral para todos os jovens, e não só para alguns. Temos de ser uma Igreja inclusiva, que consiga inculturar-se. Uma Igreja capaz de olhar, olhar verdadeiramente, compreender, ver para lá do aparente. Uma Igreja que olhe com um olhar de Deus.

    Gostaria também de referir que é importante perceber que Igreja somos, porque aquilo que realmente importa no caminho de fé juvenil é sermos capazes de nos tornarmos adultos na fé e assumirmos uma identidade. E, claro, este assumir de identidade implica o assumir de um compromisso e é fulcral formar jovens livres, conscientes e com pensamento crítico.

   Outro aspeto que achei mesmo importante é que é fundamental que os jovens se sintam acompanhados e que têm alguém próximo deles, com quem possam falar, partilhar caminho, descobrir dons e ser com os outros. Porque se há coisa que aprendi a fazer o Caminho de Santiago é que o caminho se faz com o outro.

    Fiquei a perceber que há uma coisa importantíssima a falhar na Igreja. A presença e acolhimento e o primeiro anúncio. Falta-nos estar e receber, todo e qualquer um que nos procure. Estar verdadeiramente, acompanhar, saber acolher, apesar das diferenças que possam existir. E anunciar. Isto é, sermos claros e concisos quando nos perguntam "Porque é que acreditas?" Dizer, explicar, sermos sinceros. Mas sem floreados. Isto é essencial! Experimentem dizer em 10 segundos o que é para vocês a fé. Acreditem, é difícil! Mas ajuda a perceber isto, porque ninguém gosta de ler/ouvir palha, muito menos os jovens.

    Estes são os pontos que eu acho que resumem o bolo do sínodo. Estar, ser com o outro, acolher, respeitar, olhar com olhar de Deus.

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