À Conversa - Toni

    



António Miguel Gouveia Reis, 21 anos, animador de jovens, acólito. Participou em festivais da canção jovem, campos de férias. Fez missão país em Moura e em Alcobertas. Estuda no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa, e também é comercial numa empresa. 




  • Qual é a primeira recordação de fé que tens?
    A minha primeira recordação de fé, muito antes da primeira comunhão e da catequese, é quando a minha mãe me levava com ela à missa na minha paróquia - Agualva - e pegava na minha mão para me ensinar o sinal da cruz no início da celebração. Penso que seja por ela que muito do que sou hoje, dentro e fora da Igreja, seja de facto, eu!

  • Em algum momento da tua vida duvidaste de Deus? Porquê?
    Não necessariamente, porque Deus esteve sempre presente na minha vida. Sempre fui aquele miúdo que queria fazer tudo, todas as atividades possíveis de um miúdo de 10 anos, querer ter muitos amigos, ser o primeiro a responder, a fazer, a atuar! Mas algo que nunca me desmotivou foi a presença na Igreja. Ao estar com os meus amigos, Deus estava sempre lá, e nunca duvidei dele.

  • Hoje és Animador de Pastoral Juvenil, mas tu começaste com 10 anos como participante nos campos de férias. O que é que te fez querer dar o passo seguinte e seres tu próprio Animador de Pastoral Juvenil?
    Sim, é verdade. Hoje faço parte da Pastoral Juvenil da minha paróquia, como animador do grupo de jovens de Agualva (GJA), estando também a realizar uma formação de animadores da Diocese de Lisboa. Como referiste, e bem, um dos meus primeiros momentos com jovens cristãos foi nos campos de férias. Ainda me lembro bem desses tempos! Talvez tenha sido aí que ganhei "calo" - a experiência foi tão boa que me fez querer aproximar mais das pessoas dos campos e, posteriormente, com o grupo de jovens. Isso permitiu-me motivar ainda mais os jovens e a mim mesmo também!


  • Se tivesses de escolher um momento de fé da tua vida, qual é que considerarias como aquele que foi mais importante para ti?
    Não descorando claro o Batismo e a 1ª Comunhão, o Crisma. Penso que foi naquele dia que se fez o grande «click» em que o Espírito Santo desceu sobre mim, e que permitiu ganhar as forças que preciso para poder continuar a crescer, e fazer outros crescer na fé.

  •     O que é que ainda gostavas de fazer no teu caminho de fé?
    Como já referi, fiz muitas coisas em termos de fé, mas tão pouco ao mesmo tempo. Já fiz missões (Missão País) em 2016 e 2018 (Moura e Alcobertas), em que vamos uma semana de certo modo “dinamizar” a população desses sítios, com o lema “Inspirar gerações a viver a fé católica!”. Penso que foi das melhores atividades em que participei, mas este querer de poder fazer mais é importante para mim. Respondendo à tua pergunta, as Jornadas Mundiais da Juventude foi algo que, com muita pena minha, nunca participei, pois Madrid 2011 era muito jovem, Rio 2016 era impensável, pois já estava a trabalhar. Tenho pena também de não participar no Panamá 2019, mas penso que a oportunidade vai chegar.


  • Tens algum modelo/exemplo de fé e que te faz querer ser melhor na tua própria vivência da fé?
    O grande modelo de fé para mim são os meus pais, mas mais a minha mãe. Pode não saber tanta coisa, mas é devota. E penso que por cada vez que me dá na cabeça e não lhe dou razão, como ela diz para eu fazer assim e depois faço assado… para mim o exemplo de fé é quem me educa, e tenho que lhe agradecer por isso.

  • Tu tens participado nos Festivais Vicarias da Canção Cristã. De que forma é que sentes que a música te ajuda a espalhar/viver a fé?

    Ui, Festival da Canção… é uma atividade que me dá muito gosto participar, pois é uma oportunidade de poder escrever, compor, tocar… Essencialmente o objetivo que tenho quando participo não é de ter a “Melhor Letra” ou “Melhor Música”, não é isso. É de criar uma música que faça perceber aos outros a alegria do Evangelho, de que Cristo tem algo para nos dizer! Concluindo, penso que a música é uma forma muita boa de o fazer transmitir aos outros.


  • Qual é aquela canção de fé que toca repetidamente na tua playlist?

   Eish, tantas! Grandes pilares para mim: “Vasos de barro”, “Ninguém de ama como Eu”, “Emanuel”, “Grão de Trigo”, … Qualquer hino da JMJ bem como da Missão País desperta-me a atenção sinceramente! 

  • Há algum objeto que ande sempre contigo porque te recorda da tua fé?

    Lembro-me perfeitamente do 13 de maio de 2017, em que estive presente em Fátima por conta dos 100 anos das aparições. Ver a alegria de tanta gente em torno de Maria, Cristo, os Pastorinhos e o Papa… Nunca me irei esquecer do momento em que saímos mais cedo do recinto para irmos para casa, e deparámo-nos com a rua cortada, e o Papa passa por nós… Foi uma alegria imensa! E para me lembrar dessa peregrinação, ando sempre com a minha pulseira oferecida pelo Padre Domingos (pároco de Agualva), que deu a todas pessoas que foram à peregrinação, e é algo que faz lembrar esse dia, do qual nunca me vou esquecer.

  • Tu disponibilizaste-te para seres entrevistado aqui para o blogue. O que gostavas de dizer aqueles jovens (e até adultos) que nos estão a ler neste momento?

    Como dizia o Papa em Fátima, SAIAM DO SOFÁ! Não sejam pessoas/jovens sem um objetivo! Sejam pessoas firmes na fé, e deixem Cristo entrar sem qualquer receio! Encontrem a melhor forma de o fazer transmitir a outros, e nunca se esqueçam de ser felizes!

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