Que tipo de igreja construiria num local onde não houvesse nenhuma?

    Esta é uma daquelas perguntas que faz pensar bem na resposta. Que tipo de igreja construiria num local onde não houvesse nenhuma? Pois bem...a minha igreja teria de ser simples, no seu design e construção. Simples porque o essencial é invisível aos olhos.
Não são precisas grandes ornamentações para a fé se fazer sentir. Não são precisos rios de dinheiro para construir um local de encontro, de adoração, de oração, de partilha, de fé. Faria uma igreja simples, com tons neutros. 


    O altar seria de madeira, em forma de barco ou de leme, mesmo no topo da igreja. Porque Deus é o nosso guia e devemos confiar n'Ele para levar o nosso barco a bons mares. Por trás do altar estaria Jesus pregado na cruz. Mas esta cruz seria desenhada na parede, com os tons alegres que caracterizam as crianças e seriam elas a desenhá-la. Para que pudéssemos olhar para a maior prova de amor que Ele nos deu: dar a vida por nós.



    Neste espaço principal da igreja, teria um local para o coro. Um local onde as pessoas pudessem cantar, que estivesse repleto de instrumentos dos quatro cantos do mundo, para que cada pessoa sentisse a palavra de Deus, de uma maneira jovem e num único idioma: o da fé.


    Gostava que, além do espaço central para as celebrações, a igreja tivesse 3 cantos especiais: a capela da oração, a capela da entrega e a capela de Maria. A capela da oração seria um espaço a meia luz, com música ambiente e com uma decoração estilo Taizé. Aqui seria o local onde as pessoas poderiam recorrer para estar em silêncio, para adorar, para rezar. A capela da entrega seria um local com uma cruz de madeira colocada no chão e iluminada com velas. Um local para entregar a vida a Deus, com os seus fracassos, os seus receios, as suas vitórias, a sua essência. Um local pensado para um momento a sós com Deus. Por fim, a capela de Maria, seria a capela do «SIM». A capela com a imagem de Nossa Senhora de Fátima e do Coração de Maria. A capela com mensagens que recordem a valentia de Maria ao dar o seu «sim» a Deus. A capela para restabelecer as forças e para sair de lá novamente a dar um «sim», convicto e seguro, a Deus.




    Por fim, seria uma igreja de portas abertas ao mundo. Uma igreja para criar pontes. Uma igreja que falasse o idioma de Deus. Uma igreja jovem, moderna e sem medo de se adaptar à realidade. Uma igreja para todos, onde o amor fosse a palavra de ordem.


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