Fé entristecida

    Lembro-me de fazer o musical «Godspell» e de o fazer com uma alegria genuína. Podem dizer que quando estamos em palco, a representar, entramos na personagem e sentimos o que não é nosso. Mas a verdade é que todos fizemos aquele musical sendo nós mesmos.




    Mas quem fala no espírito do musical, fala das atividades da Juventude Claretiana ou das Jornadas Mundiais da Juventude. Vimos sempre tão motivados para fazer mais e tudo entristece ao fim de algum tempo. Porquê?

    Vejo cristãos firmes na fé. E, incrivelmente, são aqueles que vivem em zonas de guerra ou que são perseguidos por causa da fé. Ou então aqueles que vivem na pobreza, na doença, nas zonas de luta pela sobrevivência. Estes, que têm tudo para duvidar, para perder as forças, são os que aumentam a sua fé e dizem "Eu acredito!"

    Então, e nós? Onde está a nossa convicção? Onde estão as nossas forças e todas as ideias que tínhamos para pôr em prática? É difícil manter a mesma alegria no dia a dia, não é? É difícil afirmar a fé quando não estamos no meio de milhões, com os mesmos pensamentos, não é? Mas aí é que está o desafio! Era bem mais fácil ir por um caminho plano, sem curvas ou pedras. Mas quem já percorreu vários caminhos sabe que os que valem a pena são os mais difíceis, porque são esses que nos fazem valorizar o que realmente importa.

    Assumir a fé e vivê-la com alegria não se faz dando espectáculo. Faz-se pela nossa maneira de ser e estar na vida. Faz-se pelas atitudes que temos para com os que nos rodeiam. Faz-se evangelizando nas redes sociais. Faz-se dando testemunho.

    Por isso, não tenhas medo de assumir a tua fé. Tal como o Papa diz, nós somos o futuro da Igreja. Que Igreja queres apresentar às futuras gerações? Que exemplo queres dar?




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