God is writting your love story

    Muitas das homilias do Papa Francisco, inclusive a exortação apostólica, falam do amor. Do amor paternal que Deus nutre por nós e que nos faz sentir amados, aceites e acolhidos.
Do amor missionário que devemos nutrir por toda e qualquer pessoa que se cruze no nosso caminho ou por aqueles que não conhecem Deus. Do amor de pais e filhos, que deve ser cultivado e regado todos os dias. Ou até do amor entre um casal. E é neste ponto que quero parar.

    Hoje em dia orgulho-me de ver tantos jovens largar tudo e ir em missão. Jovens capazes de amar até ao extremo, em qualquer canto do mundo. Mas entristece-me ver que o número de casamentos diminui e que o número de divórcios aumenta. Hoje em dia é mais fácil deitar fora do que consertar. Ou são os namoros que são vividos como uma banalidade e é aceitável trocar de namorado como quem troca de camisa, ou são os casamentos que terminam após uma pequena discussão. "Não somos compatíveis" ou "Ele/Ela não era assim."

    Diz-nos o Papa Francisco que "é normal que marido e mulher discutam", mas que nunca devem adormecer sem fazer as pazes. E quem diz marido e mulher, diz namorados. Quando nos apaixonamos por uma pessoa, apaixonamos-nos pelas suas qualidades, mas também pelos seus defeitos. Como tal, ninguém disse que o amor era fácil. Discussões, pontos de vista diferentes, mal-entendidos,...é normal. Também os temos com os amigos e não é por isso que os mandamos dar uma volta.

    A verdade é que estas situações da sociedade atual têm três consequências:

    1 - As pessoas passam a viver e a correr atrás de ilusões, porque os defeitos começam a falar mais alto e nós só queremos viver com as qualidades.
    2 - As pessoas deixam de acreditar no amor e criam barreiras, para que não sofram por causa de alguém.
    3 - As pessoas mantêm a esperança numa verdadeira história de amor, apesar da tendência atual.

    Assim, o Papa Francisco enfatizou nas Jornadas Mundiais da Juventude a necessidade de acreditarmos no amor. No amor verdadeiro, que nos aceita tal como somos, capaz de dar frutos. E reforça os três conselhos - chave para a paz na família: por favor / com licença, obrigado e desculpa.

    Por favor / Com licença porque entrar na vida do outro requer delicadeza. "A intimidade não autoriza a dar tudo por certo. Quanto mais íntimo e profundo é o amor, mais exige respeito pela liberdade e a capacidade de aguardar que o outro abra as portas do seu coração."

    Obrigado porque "a gratidão, para quem crê, está no coração da fé: um cristão que não sabe agradecer é alguém que esqueceu a linguagem de Deus." Reforça ainda que "a gratidão é uma planta que cresce somente na terra de pessoas de alma nobre."

    E desculpa porque "se não formos capazes de pedir desculpas, não seremos capazes de perdoar."

    Termino dizendo que, seja qual for a consequência que a crise de amor atual tem na tua vida, nunca percas a esperança porque Deus está apenas ocupado a escrever a tua história de amor. Enquanto ela não chega, vive e partilha amor, no serviço ao próximo, na família, na amizade, na fé, na vida.


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