Dia 2: Vários idiomas, uma mesma língua (JMJ Cracóvia 2016 - 21 de Julho)

    Conhecem melhor maneira para começar a manhã que não seja a rezar? Eu não! Por isso, começamos a manhã a rezar, fazendo traduções para os vários idiomas presentes.
Dizem que cantar é rezar duas vezes e, esta manhã, cantamos muito. Aprendemos algumas canções em polaco e tivemos presente o ambiente Taizé. Senti-me abençoada ao ver tantos jovens, dos quatro cantos do mundo, a rezar em conjunto. És enorme, meu Deus!



    Depois da oração tivemos uma conferência que me fez recordar tantos momentos vividos. O Pe. Artur falou-nos de algumas experiências marcantes na sua vida e de como viu Deus nas mesmas. Na minha cabeça recordei momentos e pessoas de São Tomé e Príncipe. Pessoas que têm muito pouco mas que são tão ricas: ricas de Deus. Porque até nos dias mais negros é possível descobrir Deus.
    E a melhor forma de encerrar a manhã foi na Eucaristia. Uma missa universal, com músicas animadas e um espírito de união e família incrível! Até mesmo naqueles momentos em que rezamos de ouvido porque não percebíamos o idioma. Mas tudo é possível para Deus, porque a sua linguagem é universal.
    De alma cheia só faltava encher o estômago. Como tal, lá tivemos o primeiro contacto com a comida polaca que, por sinal, estava muito boa! Um almoço de convívio e de família. Queria também salientar a representação incrível do grupo Iuventus Dei. Uma «pantomina» cheia de força, dedicação, fé e amor. Um momento que nos deixou a todos em silêncio, terminando com um grande aplauso.






    Pelas 15h reuni-mo-nos na igreja para um momento de adoração e oração da misericórdia. Mais uma vez, uma nova experiência, uma vez que em Portugal não o fazemos diariamente. Seguidamente fomos divididos em grupos para a realização de uma pequena partilha sobre a misericórdia. No meu caso, o meu grupo era bastante internacional. O Akira do Brasil; A Carmen, o José Enrique e a Amelia de Espanha; a Natallia da Bielorrússia; o Raul do Canadá; O Steven e o Tomas do Japão; a Sunny da China e eu de Portugal. Mesmo com a barreira linguística, que ultrapassamos com alguns tradutores "oficiais", conseguimos partilhar mensagens e histórias sobre a misericórdia. Fomos um grupo unido, compreensivo e acolhedor. Sentia-me feliz ao escutar cada partilha e ao ver como nos ajudávamos mutuamente.



    As horas seguintes foram passadas numa "pequena" palestra sobre a história da Polónia e no jantar típico: uma sopa quente. Mais uma vez a sopa estava saborosa e saciou-nos bem.
    Já o momento alto do dia aconteceu depois do jantar: a Festa das Nações. O objetivo desta festa era que cada grupo de origem (país) preparasse um momento de música, dança ou teatro para apresentar aos outros. Os tugas cantaram «A minha casinha» e dançaram ao som de «O ritmo do amor» do Emanuel. Contagiámos todos para saltar e dançar connosco. Este foi o primeiro grande momento em família tuga. We rock the house!
    Mas a festa foi muito mais que os tugas! Cada grupo se entregou de alma e coração ao momento e quem assistia fazia questão de incentivar os participantes. Do «Assim você me mata» do Brasil, ao Hino de Claret e danças de Espanha, passando pela alegria contagiante das danças de Cuba. Das coreografias asiáticos, ao lelele tururu, aos WOW das pantominas incríveis da Polónia. Horas de grande união, alegria e fé, tudo num mesmo idioma: o idioma de Deus!







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