Casa Claret 2014 - 18 de Agosto de 2014

    E após uma noite mal passada, a acordar com dores, lá iniciamos mais uma semana. A manhã na Trindade foi tranquila. Jogos de equipa (homens vs mulheres), balões, mini torneios de futebol e muitas fotos.

    O jogo de equipas foi muito renhido e eles divertiram-se imenso. No torneio de futebol, com claques e tudo, o pó levantava-se no ar a cada pontapé na bola. Jogar descalços é o que os faz felizes! Entre eles não há piedade. Dizem que futebol africano tem de ser violento para demonstrar respeito. É que as raparigas acabam por ser piores que os rapazes. Fazem-se à bola sem medos, dão cacetadas para defender a sua baliza e marcam grandes golos. Pelos vistos, isto é o futebol de África!
    Já os balões e as bolinhas de sabão fazem furor em qualquer lado. Contraste de cores, sorrisos contagiantes e felicidade estampada no rosto com pequeninas coisas do dia a dia. As fotos também fizeram furor. Fotos em cima de nós, selfies, fotos "a voar", como eles dizem. Uma pequena máquina com um botão faz a delícia dos mais pequenos. E, desta forma, uma manhã que se previa fraca devido à minha falta de energia, tornou-se numa manhã rica, animada e cheia de espírito missionário.
    Da parte da tarde, foi tempo de ultimar a formação da Rádio Jubilar e apresentá-la. O grupo está cada vez mais à vontade connosco e mais participativo, o que torna as sessões mais ricas e produtivas. Este era um desafio que eu considerava dos mais difíceis para mim, uma vez que não tenho formação de rádio nem de jornalismo. Contudo, é algo que me está a dar muito gozo fazer. Estou a aplicar os meus conhecimentos da música e teatro musical que são duas coisas que amo, que me preenchem e me fazem feliz. Além do mais, a minha parceria com o Tiago está a resultar muito bem! Estamos em sintonia e conseguimos dar as formações em equipa, complementando-nos um ao outro.
    Por fim, para terminar o dia, e após lavar a louça, sabe bem falar com a família e passear pela Trindade. Desta vez, em mais uma conversa com o Mário. Lá fizemos nós uma pequena caminhada aqui no quarteirão, passando por locais sem luz à noite e onde reina o silêncio e a paz. Éramos cumprimentados por quem se cruzava connosco na rua e ficavam a olhar, admirados por brancos andarem a passear pela cidade. E assim se termina mais um dia!





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