Dia 7 - Estar ao serviço (23/07/2015)

    Como já falei anteriormente, há momentos neste caminho em que deixámos de pensar em nós e pensamos apenas no outro. Hoje, apesar de não estar a 100%, uma vez que o frio dá cabo do meu joelho, emocionei-me ao ver o espírito de união e entreajuda ao longo de toda a etapa.
    A etapa tinha descidas longas e acentuadas, e a Elena, o Fede e o Santi precisavam de nós para as ultrapassarem com garra. Num determinado momento, ia eu a ajudar a Elena (e ela a mim!) e olho para o trás para ver como estava o grupo. A imagem de entreajuda não me sai da cabeça, de tão incrível e tocante que foi. O Pablo a ajudar o Fede e o Abraham a ajudar o Santi. Todos nós, entre cânticos, anedotas, conversas ou apenas pela força dos gestos íamos construindo uma corrente de energia que nos levou até à meta. Todos. Juntos.  Unidos. Como família.
    Também a intendência dá a sua vida diariamente por nós, para promoverem a nossa alimentação e conforto. E os enfermeiros e médico que abdicam da sua sesta e do seu tempo livre para cuidar dos que necessitam. E os CMFs que colocam toda a sua alma na preparação e dinamização das atividades. E os APJs que fazem da atividade as suas férias e o seu Verão, para serem a luz que outros foram para eles. Estamos em caminho, com e para o outro.
    Mas não só no caminho se está ao serviço dos outros. Também na vida é importante estarmos ao serviço do outro. São muitos aqueles que, no seu dia a dia, dão a sua vida pelos outros. Bombeiros, médicos, enfermeiros, sacerdotes, missionários, mães, pais, e muitos outros. Podemos fazê-lo através da nossa profissão ou da nossa forma de ser e estar no mundo. Eu faço todos os dias, seja com ações mais complexas, como com ações mais simples. Até porque o que faz realmente a diferença são as coisas mais pequenas. Já estive 2 meses em São Tomé, como voluntária missionária, e todo esse tempo me mostrou que o essencial é invisível aos olhos.
    Estar ao serviço do outro é tão simples quanto um abraço, um sorriso, um aperto de mano, correr pela rua para fazer e receber cócegas, uma palavra amiga, um olhar protetor. Mas, essencialmente, é fazer tudo isto no nosso dia a dia, com aqueles que nos rodeiam. Foi pela sua forma de ser e estar que Jesus espalhou a mensagem de Deus. Tudo porque um verdadeiro ser ao serviço de outro não o faz com ações vistosas. Faz-lo discretamente, pois não procura reconhecimento nem fama.
    Quando damos a vida pelo outro, o melhor reconhecimento vem daqueles que ajudamos. O sorriso contagiante, o brilho no olhar, o abraço forte, o «Obrigado» de coração. Estas pequenas coisas são mais valiosas que o outro e motivam a continuar e melhorar esta forma de vida: ser e estar para o outro.





    Como he dicho anteriormente, hay momentos en este camino en que dejamos de piensar en nosotros y pensamos unicamente en el otro. Hoy, mismo no estando a 100% (el frio y mi rodilla no son muy amigos), me emocioné al ver el espírito de unión y entreayuda durante toda la etapa.
     La etapa tenia bajadas muy compridas y acentuadas. Elena, Fede y Santí necesitavan de nosotros para superarlas con fuerza. En un momento, estaba ayudando Elena (y ella me ayudava a mí!), miro el grupo. La imagen fuerte de entreayuda no me salia de la cabeza, porque fue tan increible y fuerte. Pablo ayudava Fede. Abraham ayudava Santí. Todos, entre cantos, chistes, conversaciones o solo con la fuerza de los gestos, ibamos a construyer una corrente de energia que nos llevó hasta la meta. Todos. Juntos. Unidos. Como familia.
     También la intendencia dá su vida todos los dias por nosotros, para que tengamos comida y conforto. Y los enfermeros y médicos que no quieren su tiempo livre o su siesta para que puedan cuidar de los que necesitan. Y los CMFs que colocan toda su vida y alma en la preparación y dinamización de las actividades. Y los APJs que hacen de este Camino sus vacaciones y su Verano, para que puedan ser la luz que otros fueron para ellos. Estamos en camino, con y para el otro.
    Pero no solo en el camino estamos al servicio del otro. También lo hacemos en la vida. Muchos son aquellos que, en su cuotidiano, dan su vida por los otros. Bomberos, Médicos, Enfermeros, Sacerdotes, Misioneros, Madres, Padres, y muchos otros. Podemos hacerlo através de nuestra profisión o de nuestra manera de ser y estar en la vida. Yo lo hago todos los dias, sea con acciones más complexas o sencillas. Hasta porque lo que realmente hace la diferencia son las cosas más pequeñas. En los 2 meses que estube en San Tomé, como voluntária misionera, entiendi que el esencial es invisible a los ojos.
     Estar al servicio es tan sencillo cuanto un abrazo, una sonrisa, una mano dada, correr por las calles para dar y recebir cosquillas, una palabra amiga, una mirada protectora. Pero esencialmente estar al servicio es hacer todo esto con aquellos que caminan diariamente con nosotros. Ha sido por su manea de ser y estar en la vida que Jesús habló de Dios. Todo porque un verdadero ser al servicio de los otros no lo hace con grandes acciones. Hazlo si con discrición, porque no quiere fama ni reconocimiento.
    Cuando damos nuestra vida por el otro, el mejor reconocimiento llega de aquellos a quién ayudamos. Una sonrisa que contagia, el brillo en los ojos, el abrazo fuerte, el «gracias» que sale del corazón. Estas cosas tan sencillas tienen más valor que el oro y nos hacen querer seguir y mejorar esta forma de vida: ser y estar para el otro.

Comentários